Segunda-feira, 16.05.11

Lá ao longe, há uma casa. E dentro dessa casa ouve-se o tocar de um velho gira-discos. Daqueles impiedosos que já tremem da idade, que teimam em não resistir, em não deixar de exercer a sua função. Nesse gira-discos toca a banda sonora de uma paixão perdida, de um amor que deu o afecto que tinha a dar e roubou os beijos de quem os queria dar. Mal os pequenos porcos sabem, mas o gira-discos continua a tocar para embalar a dor da mãe que perdeu uma vida ou duas. Perdeu ou roubaram-lhe, que não se perde amor assim. 
Apodrece a carne, uma vez mais. Agarram-se ao vinho, ao tabaco, aos clichés viciosos de que tanto se fala.
É triste, ver casa assim. Vê-se de longe a debilidade da mente e do corpo e o rosto choroso de quem sofre. Melodramas, dizem as vozes que me chegam aos ouvidos. 
Por saber do que falam, respeito.

Por mim, pedia-lhe mais uma vez a mão para dançar, só uma última vez. É tentação, é carne, é pecado. É a maldita da vontade.

publicado por Rita às 21:36 | link do post | comentar

Ainda não morri.

publicado por Rita às 21:22 | link do post | comentar | ver comentários (1)

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