Que saudades.
"Recordo-me de entrar na aldeia de Taizé muito cansada, era uma manhã muito fria de Abril, com gelo a derreter nas árvores, flores por todo o lado e verde, muito verde, que contrastava com as casinhas de madeira dourada.
Por todo lado via pessoas da minha idade, todos sorrindo, rindo uns com os outros, conversando em círculos sentados no chão. Haviam filas para comer o pequeno almoço e passavam pessoas com baguetes, um pacote de manteiga, um pau de chocolate e uma tigela de plástico com cacau. Sorri ante a perspectiva de passar ali 8 dias.
Entrei na igreja ao ver gente a ir para lá e deparei-me com um pavilhão enorme, alcatifado de castanho, sem cadeiras e gente sentada no chão olhando para o altar mais bonito que vi. Um altar que apenas tinha ícones bizantinos, faixas laranja que subiam para o céu e velas, muitas velas pequenas, em suportes de argila encarnada. Taizé era um lar."